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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Trem das 11


Por Alexandre Cumino

Dia 01 de Agosto de 2010,
Tive, eu e mais centenas de irmãos, a oportunidade de participar
Do excelente Culto aos Exus, Pomba Giras, Exus Mirins e Zé Pelintra
Evento organizado pela AUEESP (Associação Umbandista e Espiritualista de São Paulo).

Tivemos à frente como dirigente espiritual nosso irmão e Sacerdote Paulo Ludogero.
Vários terreiros se confraternizaram trabalhando como uma única casa.

As manifestações foram de uma organização, força e vibração impar.

Na corimba nosso irmão Severino Sena mais uma vez nos presenteou com os mais belos pontos de Umbanda.

Sandra Santos regeu tudo como uma maestrina para que não falta-se nada.
Todos os diretores e colaboradores da AUEESP estiveram presentes e se desdobraram para a excelência do evento.

Sabemos o quanto se envolve de pessoas, dedicação e empenho para realizar algo desta monta.

Um dos pontos altos do evento foi a manifestação do Sr. José Pelintra (Zé Pelintra).

Nosso irmão e sacerdote Jorge Scritori que também esteve presente aproveitou para
Homenagear o Seu Zé com pontos que aprendeu já em sua infância, afinal
Seu avô carnal, o saudoso, Sr Ângelo Scritori trabalhou mediunicamente 70 anos com Zé Pelintra.

Ao dar a despedida das dezenas de “Zés” incorporados Jorge Scritori não teve duvida,
Chamou uma despedida, na “malandragem”, afinal estamos falando do boêmio carioca e ao mesmo tempo mestre de catimbó
José Pelintra, polêmico, na direita e na esquerda, baiano, exu e preto velho...

Para espanto de alguns cantamos junto o “Trem das 11” de Adoniram Barboza,
Mas isso não é ponto de Umbanda, pensaram alguns; blasfêmia pensaram os puritanos.
Mas é fato nenhum Zé presente reclamou, e nunca vi Zé com papa na língua.
Vi que Zé o agradecia pela musica entoada com a emoção, sentimento e respeito de ponto.

Ainda hoje há quem se pergunta: Mas pode?
E há quem não pergunta, apenas aproveita a deixa para criticar o trabalho alheio.

Estamos criando a ortodoxia da Umbanda, esta que diz aos outros o que pode e o que não pode.
Nos esquecemos que em cada terreiro a autoridade máxima é o mentor de cada casa.

Se no “meu” terreiro o Zé pede “Trem das 11” só não canto se não souber ou se perdi a noção de respeito.

A Umbanda meus irmãos tem mais mistérios que nossas regras para definir o que pode e o que não pode no trabalho alheio.

O que é sagrado? A forma ou a essência?
O que é a regra? O comportamento ou o sentimento que o move?

O profano se torna sagrado quando uma entidade consagra o mesmo.

Quem são afinal os fariseus da Umbanda, ditando regras do que pode ou não comer?
De que se pode ou não fazer no “sábado”.

E assim como Jesus falou em seu tempo, Oxalá nos repete:

Mais cuidado se deve ter com o que sai da boca do que o que entra.

O homem não foi feito para o sábado (para as regras)
E sim o sábado foi feito para o homem.

Você que diz amar a Deus que não vê
Mas é incapaz de amar seu irmão...

É hipócrita...

Agora para mim “Trem das 11”, desde esta festa, é ponto de despedida para Seu Zé...

Rubens Saraceni, Meu Pai Espiritual - Amigo e Mestre -, Alzira Saraceni, Jorge Scritori, Adelaide Scritori, Sandra Santos, Monica Berezutchi, Marcelo Berezutchi, Adriano Camargo, Andréa Camargo, Rodrigo Queiroz, Miriam Soares, Ronaldo Linares, Lygia Cunha, Leonardo Cunha, Pedro Miranda, Edmundo Pelizari, Severino Sena, Paulo Ludogero, Kátia Ludogero, Mercedes Soares, Paco, Dr. Hédio Silva Jr.,  Marcos Mozol, Alexandre Balverde, Alexandre Meireles, Ricardo Luiz, Mãe Herminia, Mãe Conceição, Waldir Persona, Pai Jamil, Pai Aguirre, Maria Aparecida Nalésio, Lurdes de Campos Vieira, Dorlei, Jorge Luiz do Santos (Seu Jorge – Chefia), Marcelo Fritz, Silvio e Sandro da Costa Matos, Manoel Lopez, Mãe Sandra (Luz Divina), Sergio Navarro, Pedro Rogério, Marcos Modesto, Randolfo, Engels de Xangô...
São algumas das pessoas a quem eu Bato Cabeça e peço a Benção.

Todos nós acertamos e erramos,
Mas Estamos Fazendo Nossa Parte!

Agora, chegar a algum lugar... só vamos chegar se estivermos juntos...
Sozinho ninguém faz nada...

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