Jornal de Umbanda Sagrada


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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sabedoria - Salmo 22


O Senhor é meu pastor, nada me faltará.

Em verdes prados ele me faz repousar.
Conduz-me junto as águas refrescantes,
Restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos ele me leva,
Por amor de seu nome.
Ainda que eu atravesse o vale das trevas,
Nada temerei, pois estais comigo.

Preparais para mim a mesa
à vista de meus inimigos.
Derramais o perfume sobre minha cabeça,
E transborda minha taça.

A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me
Por todos os dias de minha vida.

E habitarei na casa do Senhor...
Jesus, Oxalá, Olorum, Zambi, Tupã, Iavé, Adonai, Shekná, Alá, Braman...
por longos dias...
Salmo 22

domingo, 26 de setembro de 2010

Historia da Umbanda

 



O tempo é muito limitante, mas quando lemos algo com real prazer, conseguimos horas, que passam céleres, para absorvermos e vivermos junto com as palavras grafadas de livros escritos com a alma.
Esse é um magnífico trabalho de revisão bibliográfica, onde o autor não se perde nenhuma só vez, não se distrai ao mostrar os dados históricos, e ao mesmo tempo denota-se a dedicação, a entrega, a obstinação em cumprir a missão, que ao nosso ver, foi atingida com êxito total.
Digo que foi um ato de entrega e disciplina, pelo rigor que emerge página a página, a começar mesmo pela dedicatória:

“Dedico este livro a todos os umbandistas que vão além do simples freqüentar ou praticar Umbanda, que estudam e se dedicam, de corpo, mente e espírito à Religião de Umbanda. A estes que afirmam de coração. Sou umbandista!”

Curiosamente, o que primeiramente atraiu fortemente foram os anexos, onde se iniciam pela história do Sr. Zélio de Moraes, aquela já conhecida por todos nós, acrescida do tempero de informações inéditas, segue com a verdadeira saga que foi a vida de Leal de Souza, depoimento de Pai Ronaldo Linhares, que conheceu pessoalmente o Sr. Zélio, e por aí vai… Permitam-me copiar um pequeno trecho de texto de Capitão Pessoa, texto esse até em então desconhecido por mim, chamado “O pastor da Umbanda”:

“…Foi ele (o caboclo das Sete Encruzilhadas), quem provocando uma guerra com os espíritos das trevas, diretamente interessados com a implantação dos trabalhos de magia negra, não vacilou um só momento em seguir o programa traçado e arrebanhando as suas ovelhas – verdadeiro Pastor de Umbanda- vai continuando a sua obra de propagação com as constantes inaugurações de Tendas, que filiadas ou não à Tenda N.S.da Piedade, são realmente suas, estão queiram ou não queiram os seus organizadores, debaixo de sua orientação espiritual.”

Não são ricas informações?
Mas, continuando, o anexo 7 traz um questionamento muito interessante.”O Espiritismo é uma religião?”. O que vocês acham ? Garanto que é muito interessante! E quando fala da conexão de Chico Xavier e a Umbanda. Chico! É um texto delicioso primoroso! Vamos relembrar um trecho que ali consta, do livro:

“Brasil, Pátria do Evangelho, Coração do Mundo”, psicografia do espírito Humberto de Campos, através de Chico, com prefácio de Emanuel: “ …A realidade é que, considerada ás vezes como excessivamente conservadora, pela inquietação do século, a respeitável e antiga instituição é, até hoje, a depositária e diretora de todas as atividades evangélicas da pátria do Cruzeiro. Todos os grupos doutrinários, ainda os que se lhe conservam infensos, ou indiferentes, estão ligados a ela por laços indissolúveis no mundo espiritual. Todos os espiritistas do país se lhe reúnem pelas mais sacrossantas afinidades sentimentais na obra comum, e os seus ascendentes têm ligações no plano invisível com as mais obscuras tendas de caridade, onde entidades humildes, de antigos africanos, procuram fazer o bem aos seus semelhantes.”

Para Chico, todo aquele que crê nas manifestações espíritas é espírita. E assim declarou: “…Pelo que estamos entendendo, os umbandistas crêem nas manifestações, logo são espíritas”. Como foi feliz, o nosso autor, nesse anexo sobre Chico!
No Anexo 9 temos um questionamento se a Umbanda foi fundada ou anunciada, e o autor relata que a mesma foi uma manifestação necessária, e ressalta que nenhuma outra entidade realizou o que o Caboclo Sete Encruzilhadas fez, pois foi feito com Ordem Superior, ocorreu desta forma um duplo assentamento, na Terra e no Astral, num texto muito bonito, simples e claro.
Vocês sabiam que Kimbanda é diferente de Quimbanda? Eu desconhecia o fato, e achei interessantíssimo o relato do anexo 10 a respeito.
Voltando ao texto principal, temos na introdução algo muito certo: a Umbanda é um organismo vivo e complexo, e é necessário ao ler livros como esse, esvaziar totalmente a xícara e lê-lo isento de pré-conceitos.
Muito bom, quando fala das origens da Umbanda, do Caboclo Sete Encruzilhadas que todos conhecemos e não cansamos de ler sua história, sobre o 1º Congresso de Espiritismo de Umbanda (em vários capítulos citado, estudado e colocado sob diversas luzes), e entre estes tópicos reescritos, outros que são de lavra rara, como trechos escritos da Revista Espírita de outubro de 1861, publicado por Allan Kardec, de seu dialogo com um antigo escravo africano chamado Pai Cesar. Outro parágrafo cita que os indígenas já conheciam um local chamado Aruanda, e como foi absorvida a palavra Jurema como um local no astral de onde provêm os Caboclos.
Ao expor sobre a Magia da Umbanda, que é matéria recorrente em todo o texto, o faz com elegância, evitando colocar os autores sobre o alvo de críticas, mesmo aqueles sabidamente mais polêmicos. A sobriedade é pautada, mesmo nos comentários sobre o grande amigo e companheiro Rubens Saraceni. Discreto sem ser formal em excesso, alimentando com combustíveis mágicos a leitura progressiva e constante. Não se pode deixar de pinçar uma primorosa frase de Rubens, sobre as diferentes formas de interpretar os mistérios de Deus, em todas as manifestações de Umbanda: “..A Umbanda possui esta flexibilidade; ela não impõe…. Ali está uma boa parte dos fundamentos da Umbanda, seu ritual é aberto ao aperfeiçoamento constante….E por que isso? Simples: tudo o que as granes religiões castram nos seus fiéis, o ritual umbandista incentiva nas pessoas que dele (o ritual) se aproximam..
..
E que peculiar diversidade nos traz de seu estudo sobre a origem da palavra Umbanda? Quantas e quantas explicações, sintetizadas, ao nosso ver humilde, de um magistral objetivo: “Manifestação do espírito para a caridade”.
E sobre a Umbanda-religião? Mais dezenas de páginas magníficas, laureadas pelo depoimento igualmente magnífico de Leonardo Cunha dos Santos, bisneto do Sr. Zélio de Moraes parafraseando-o: “Se um centro de Umbanda cobrar, coloque os dois pés para trás e saia correndo, isso não é Umbanda!”

Aprendemos ainda em outro capítulo que Emanuel Zespo seria o pseudônimo do Professor Paulo Menezes, filho de Leopoldo Betiol, umbandista das primeiras luzes, e escreveu “Codificação da Umbanda” um livro que já não é publicado, raro, exótico, informativo e altamente polêmico…Mas comentado aqui, de forma serena e disciplinada como tudo mais.
E podemos dizer, para que todos fiquem bem curiosos, que há uma riqueza de fotos raras, antigas e novas, um acervo que por si já é um presente, nem vou descrevê-las, para que fiquem com bastante vontade de vê-las!
E vamos lendo, fluindo através das páginas, e vemos um estudo criterioso, estatístico da dificuldade inicial da implantação da Umbanda, num Brasil que a perseguia, mas mesmo assim, floresceu. Depois, inexplicavelmente houve um declínio progressivo, onde predominava a literatura espírita ou esotérica e sobre a Umbanda só havia alguns poucos livros, não muito bem redigidos, com pontos, orações, receitas populares. Dos anos 90 em diante, alguns fatores determinaram o renascer da Umbanda, entre eles a nova literatura, que copiando exatamente Alexandre Cumino : “falando linguagem simples, sem perder a profundidade em seus conceitos, surgirá também em romances umbandistas”. A partir dos romances de Rubens Saraceni, Cumino ainda continua, o modelo foi copiado e difundido e daí foram se avolumando os novos adeptos.
Logo no início, citamos que há muitos dados sobre o Congresso de Espiritismo de Umbanda. Queremos ressaltar que neste livro também se encontram informações sobre o 2º e 3º Congresso, o que significa para nós umbandistas uma valiosíssima fonte de informações. Mas temos de deixar aqui algumas pérolas, como as declarações de Cavalcanti Bandeira, preocupado com a permanência e sobrevivência da Umbanda como religião sistematizada . Através das palavras de Bandeira, ele cita Lourenço Braga:

“Se a Umbanda fôsse unificada, isto é, se todos trabalhassem nos mesmos dias, nas mesmas horas, da mesma forma, com o mesmo ritual, com os mesmos pontos riscados e com os mesmos pontos cantados, seriam os resultados de efeitos maravilhosos, seria uma sinfonia perfeita de vibrações harmoniosas, cujas conseqüências, para os filhos da terra, seriam surpreendentes e repletas de benefícios; devemos trabalhar para o progresso da Umbanda, mas de uma Umbanda como deve ser: isenta de materialidade, de ignorância, de atraso, de práticas condenadas pelo bom senso. Deve ser pura, elevada e evolucionista. Quanto se atinge um certo grau de progresso espiritual, não é admissível retroagir.”

Vamos apenas fazer uma ressalva própria, nada tem a ver com o estilo de Alexandre Cumino, que prima por ser apenas um historiador perfeito. Lourenço Braga escreveu inspiradamente, mas no entanto, quando delineou as Sete linhas por eles estudadas, já diferenciou-se de Leal de Souza (quem mais próximo estava do Caboclo das Sete Encruzilhadas e de Zélio), e inseriu a LINHA DO ORIENTE, enquanto eu também juntou em uma única linha a Linha de Santo com a Linha de Oxalá…, e colocou todos os Exus na Lei da Quimbanda. Porém, nada somos, em fomentar comentários menos bons ou contraditórios, e ficaremos neste tema por aqui.
Sobre Tancredo e Byron, da Umbanda Omolokô temos a oportunidade de ler transcritos seus, primorosos, como a lenda da origem da Pemba e seu uso mágico, e outras histórias contadas de forma leve e fácil entendimento.
Ainda sobre o recente aumento de adeptos à religião de Umbanda, Alexandre Cumino ainda cita reedições de Pai Ronaldo Linares, Diamantino Trindade, Wagner Veneziani Costa, Robson Pinheiro, Norberto Peixoto, Leni Saviski, Iassan Ayporê Pery, entre outros.
Voltando no tempo, mostra um capitulo somente com as pesquisas dos cientistas sociais ao longo dos anos, como Nina Rodrigues, Arthur Ramos, Roger Bastide, Cândido Procópio, Diana Brown, Renato Ortis e outros, com muitas páginas escritas com seus pensamentos.
Para finalizar estas palavras, que espero sejam benéficas ao autor, porque todo o livro, cada pagina dele, me fez bem, me fez pensar, gostaria de chamar atenção para a coragem demonstrada por Alexandre Cumino no término do livro, no capítulo chamado “Crítica de fora”, onde coloca o pensamento exato dos cientistas sociais, e inicia com uma crítica severa do espírito Ramatis no livro “Missão do Espiritismo”. Mas este mesmo Ramatis, psicografado na época por Hercílio Maes, que de certa forma é irreconhecível para quem hoje lê suas obras através de Norberto Peixoto, no meio da crítica ferrenha, eis que Cumino acha uma frase fenomenal, intensa e verdadeira, com a qual gostaria também de fechar este texto, antes desejando muita Luz e Paz a todos.

“Indubitavelmente, a Umbanda, como seita, ainda não passa de uma aspiração religiosa, mas buscando sinceramente uma forma de elevada representação no mundo. Não apresenta uma unidade doutrinária e ritualística conveniente, porque todo “terreiro” adota um modo particular de operar(…).
Apesar dessa aparência doutrinária heterogênea, existe uma estrutura básica e fundamental que sustenta a integridade da Umbanda, assim como um edifício sob a mais flagrante anarquia dos seus moradores mantém-se indestrutível pela garantia do arcabouço de aço!
Da mesma forma, o edifício da Umbanda, na Terra, continua indeformável em suas “linhas mestras””.
(grifos nossos)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Provavelmente um Marinheiro...


“Não Podemos Controlar o Mar,
Nem os Ventos... Mas Podemos...
Ajustar as Velas”

Autor Desconhecido
Provavelmente um Marinheiro...
Quem sabe?
Certa vez conheci um que dizia:
“Devemos confiar no Capitão, No Capitão Maior.”
“Este que está no comando de tudo e de todos.”
“O Mar é a Vida”
“Os Ventos, párea onde ela nos leva...”
“Tenha Fé na Vida...”
“Tenha Fé no Capitão Maior...”
“O Navio? Somos nós...”
“Tomba pra cá, tomba pra lá...”
“Balança, venta e chove...”
“Quem pode controlar?”
“Ninguém!”
“Só nos resta confiar...”
“No Capitão... de Nossas Vidas...”
Um marinheiro... apenas...
 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sabedoria


Orar não é pedir.
Orar é a respiração da alma.
Como o corpo que se lava não fica sujo,
sem oração, se torna impuro.
Mahatma Ghandi

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Uma Cosmogenese Umbandista


Por Rubens Saraceni

A Umbanda é uma renovação do tradicional culto às divindades africanas, englobados na classificação “cultos das nações” porque cada povo possuía sua religião própria, com seus ritos específicos, mas que mantinham uma analogia muito grande, tanto na preparação sacerdotal quanto organizacional de seus panteões divinos.
Com o passar dos anos o Panteão Nagô dos povos nigerianos ou de língua Yorubá acabou se destacando no Brasil e se impondo sobre os demais porque os Orixás popularizaram-se com a vinda de muitos escravos nigerianos, trazidos principalmente para a Bahia a partir do final do século XVIII e inicio do século XIX.
Sua classe sacerdotal era mais organizada e destacou-se muito rapidamente e mais ainda no decorrer dos séculos XIX e XX, espalhando o Culto aos Orixás para todo o Brasil, adaptando-os conforme foi possível e procurando conservar o máximo possível do conhecimento sobre eles.
Sendo a transmissão oral a forma que possuíam para preservarem o conhecimento, muito se perdeu sobre os Orixás e só uns poucos deles tornaram-se bem conhecidos e tiveram seus Cultos tradicionais preservados desde 1780 até 1908, quando foi fundada a Umbanda por Pai Zélio de Moraes.
Assim, muitas das coisas que se sabia sobre eles dentro dos seus cultos tradicionais na Nigéria não chegaram até nós ou haviam sido adaptadas segundo foi possível.
Daí, para os primeiros umbandistas não havia muito sobre os Orixás a disposição e se um Caboclo identificava-se como de Ogum ou de Xangô, etc., os seus médiuns ficavam sem muitas informações seguras sobre esses Orixás e quase todos recorriam aos santos católicos sincretizados com eles como forma de conhecê-los.
E os santos católicos tiveram suas historias popularizada pelos umbandistas, que as passavam de mão em mão para poderem ensinar os novos médiuns, sendo que os santos sincretizados com os Orixás tornaram-se muito populares e muito cultuados no Brasil devido a compra de suas imagens para os altares umbandistas.
Esse conhecimento bem terra sobre os Orixás predominou no 1º século de existência da Umbanda, graças ao sincretismo e o que se sabia sobre os santos católicos.
Ao estudioso da Umbanda, basta consultar os livros de muitos autores umbandistas para confirmarem o que até aqui afirmamos.
Não havia um conhecimento profundo sobre os Orixás e o  que se sabia ou se escrevia sobre eles não saia desse nível terra do conhecimento.
Antes de terem se espalhado pelo mundo todo, os Orixás só haviam sido cultuados pelos povos Nagôs ou Nigerianos... e na língua Yorubá.
Mas um conhecimento novo  sobre os Orixás  começou a ser aberto por um espírito chamado “Pai Benedito de Aruanda” e ensinado por seu médium psicografo e fundador do Colégio de Umbanda Sagrada.
E isso, sem que ele fosse Teólogo ou formado em qualquer Escola Iniciatica , Esotérica ou Ocultista,  mas criando uma base para o estudo doutrinário e teológico umbandista.
 Toda religião tem sua cosmogenese ou gênese divina, que descreve para os seus seguidores a forma com Deus criou o “mundo”.
A Umbanda por ser a somatória de varias doutrinas e rituais religiosos tanto pode escolher a cosmogenese dos povos  Nagôs, quanto aos Cultos Indígenas Brasileiros, assim como pode servir-se da Judaica, incorporada pelo Cristianismo pois essas três religiões estão presentes devido a manifestação dos Caboclos e Pretos-velhos, dentro de uma moral Cristã.
Também pode recorrer à cosmogenese da ultima religião de guias espirituais  hindus, chineses, etc.
Mas sempre será uma adaptação de cosmogeneses alheias, muitas delas já extintas no plano material.
Portanto, por ser a somatória do conhecimento de espíritos doutrinados em outras religiões, a Umbanda não pode e não deve optar por  nenhuma delas porque não seria aceita por todos os umbandistas, com cada um tendo seu mentor espiritual formado por alguma das outras religiões do passado ou da atualidade.
Logo, a Umbanda tem que ter sua própria cosmogenese, genuinamente umbandista.
-         Ainda que se sirva da base Yorubana na nomenclatura do seu Panteão Divino e das qualidades dos Orixás e tudo mais, no entanto só deve preservar a “essência” desse conhecimento que nos chegou através da transmissão oral que preservou o essencial para que o culto aos Orixás se perpetuasse no tempo e servisse de ponto de partida para o surgimento de novas religiões fundamentadas neles, tal como Judaísmo preservou sua cosmogenese que posteriormente fundamentou o Cristianismo e o Islamismo, grandes religiões da atualidade, muito maiores em numero de seguidores.
Como qualquer uma das antigas cosmogeneses só agradaria um número limitado de seguidores da Umbanda, após observar a religião em seu lado material por muito tempo, os “espíritos superiores” que fundaram-na através de Pai Zelio de Morais liberaram todo um conhecimento ainda não disponível até então no plano material que fundamenta todas as suas praticas religiosas e magísticas sem, em momento algum  contradizer ou negar a essência da cosmogenese Yorubana ou Nagô.
Até porque esse não é o propósito deles e sim, é fundamentar tudo o que foi preservado e o que não chegou ao Brasil e só existe na Nigéria.
A cosmogenese disponibilizada pelos espíritos mentores da religião umbandista não se fundamenta em mitos ou lendas e sim, fundamenta-se no estudo profundo e elevadíssimo desenvolvido nas escolas espirituais existentes nos planos mais elevados dos nosso Planeta, estudo esse desenvolvido por espíritos que já não encarnam mais porque ascencionaram à 7ª faixa vibratória positiva da dimensão humana da vida e hoje atuam em beneficio da humanidade através de suas hierarquias ou correntes espirituais, que chegam até o plano material através dos guias espirituais dos médiuns umbandistas e dos protetores espirituais que todo ser encarnado possui.
Esse cosmogenese é tão abrangente que explica a religião Umbanda, todos os Orixás cultuados nela, todas as linhas de trabalhos espirituais, todas as ancestralidades dos filhos dos Orixás, todas as praticas religiosas e magísticos realizadas na Umbanda e pelos umbandistas.
Também explica as cores, o uso de colares, de fitas, de cordões, de toalhas, de flores, de pedras, de ervas, de velas, de águas, de pós, de pembas, de pontos riscados e cantados, etc.
Enfim, ela explica a existência dos seres e das coisas criadas por Deus, assim como explica porque cada pessoa, seja umbandista ou não, possui ligação com os Sagrados Orixás e deles pode servir-se, mesmo que não tenha sido iniciada na Umbanda e nada saiba sobre eles, as divindades mistérios que governam a Criação Divina.
       Alguns dos livros que  trazem esse conhecimento novo seguem abaixo:
       -Umbanda Sagrada
       -Tratado Geral de Umbanda
       -Orixás Ancestrais
       -Orixá Exu
       -Orixá Pombagira
       -Orixá Exu Mirim
       -Livro de Exu
       -Doutrina e Teologia de Umbanda
       -Teogonia de Umbanda
       -Código de Umbanda
       -Gênese de Umbanda
       -Formulário de Consagrações Umbandista
       -Iniciação à Escrita Mágica Simbólica
       -Código da Escrita Mágica Simbólica
       -Tratado de Escrita Mágica , etc ...
Todos editados pela Madras Editora.
                                                                             Pai Rubens Saraceni
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domingo, 19 de setembro de 2010

Sabedoria


Dogma e Ritual
“Os dogmas assustam como trovões,
E que medo de errar a seqüência dos ritos!
Em compensação,
Deus é mais simples do que as religiões.”
Mário Quintana

“Fora da Poesia não há Salvação”
Mário Quintana

sábado, 18 de setembro de 2010

MEDIUNIDADE NA UMBANDA - Uma Breve Provocação!


 A mediunidade é um assunto que permite infinitos desdobramentos e, portanto, é sempre pertinente, necessário e explorável.
Allan Kardec ao escrever O Livro dos Médiuns, apesar do título ser pretensioso, não esgota em si o assunto Médium e Mediunidade, muito pelo contrário, nesta obra temos o início da exploração e discussão deste assunto importante para a espécie humana.
Mais de 150 anos se passaram da publicação desta obra, assim muitos fenômenos ocorreram e muitos tipos de médiuns passaram e passam por este plano físico da existência.
Entendemos que a mediunidade está presente em todos os indivíduos, pois a mediunidade não é propriedade de nenhuma religião ou segmento espiritualista.
O que se faz necessário explorar é o que chamo de Mediunismo Umbandista ou "Mediunidade de Terreiro". Há alguns anos venho explorando o assunto mediunidade na realidade da Umbanda e percebemos que a maneira como a mediunidade é desdobrada na realidade da Umbanda é bastante diferente que em outros seguimentos com o uso consciente da mediunidade.
Não se trata das particularidades do ritual e dinâmicas internas dos terreiros, vai além...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sabedoria


"O que mais me preocupa
não é o grito dos violentos,
dos corruptos,
dos desonestos,
dos sem caráter,
dos sem ética.
O que mais me preocupa
é o silêncio dos bons."
(Martin Luther King)