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Que Oxalá nos abençoe, Alexandre Cumino e Marina Cumino.



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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sabedoria


"É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores,
mesmo correndo o risco de perder tudo,
do que permanecer estático,
como os pobres de espírito,
que não lutam,
mas também não vencem,
que não conhecem a dor da derrota,
nem a glória de ressurgir dos escombros.
Esses pobres de espírito,
ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido,
mas desculpam-se perante Ele,
por terem apenas passado pela vida..."
Bob Marley

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Até Quando Vão Associar Umbanda à Magia “Negra” (Negativa)?


Umbanda é Religião, Portanto só pode fazer o BEM!!!
Praticar o Mal, independente de qual seja o seu credo... Não é Religião!!!
Religião é o que lhe ensina a vencer o EGO e não a exaltá-lo.
Religião ensina a Lei do Retorno.
Religião é para nos fazer Melhor!!!
O texto abaixo seria uma bobagem irrelevante, se não estivesse
No site da globo.com e não envolvesse programas de audiência.
Por este fato é uma bobagem a ser considerada e que, sim, nos prejudica...
Até onde somos nós mesmos os responsáveis por acreditarem que
Umbanda Pratica o Mal?
O Mínimo é nos tornarmos mais esclarecidos e formadores de opinião,
Todos nós, falando em alto e bom som:
Umbanda é Religião, Portanto só Pratica o Bem !!!
Alexandre Cumino
Sacerdote, Médium e Dirigente Umbandista
(Assim como tantos outros milhares que também devem se indignar)
Some o seu nome nesta lista e vamos repassar este e-mail
Ao maior numero de pessoas e falar alto e bom som:
UMBANDA SÓ FAZ O BEM
O CONTRÁRIO NÃO É UMBANDA

Panicats: Juju Salimeni teria feito macumba para Nicole Bahls, diz jornal
Segundo a publicação, a loira teria feito trabalhos para que a morena ficasse doente e até para que seu bumbum caísse
Parece que o clima entre as panicats não é dos melhores. Segundo o jornal “O Dia”, desde que entrou no “Pânico na TV”, Juju Salimeni não teria uma boa relação com Nicole Bahls. Isso porque a loura, que seria adepta da umbanda há seis anos, já teria até feito trabalhos contra a morena.

Um funcionário do programa que não quis se identificar contou ao jornal que já viu Juju aprontando mil histórias para atrapalhar a vida de várias panicats. Ela, inclusive, teria feito macumba para que Nicole ficasse doente e faltasse ao programa de domingo (o que causaria a demissão de Nicole) e até para que seu bumbum caísse.

Na umbanda há seis anos, Juju teria convidado a colega para participar dos cultos. Mas Nicole teria preferido se afastar, o que teria iniciado uma série de baixarias nos bastidores do programa. “Muitas pessoas ainda têm preconceito com a religião. Em casa, rezo, acendo minhas velas, peço para Iemanjá, faço meus banhos”, explica Juju, que conta ser filha de Iemanjá e Ogum, segundo o jornal.

“Dentro da minha religião, a católica, não consigo aceitar o sacrifício de animais para atrasar a vida de pessoas. A religião é para o bem e, às vezes, ela a usa para o mal”, afirma Nicole, de acordo com a publicação.
Ainda segundo o funcionário, o caso mais grave envolvendo Juju foi no dia em que a loura, depois de fazer seus trabalhos, teria jogado as cinzas que restaram na mala de Nicole, provocando o maior barraco. Desde esse episódio, Nicole teria conseguido, junto à produção, um camarim exclusivo para ela, o que gerou uma onda de ciúmes entre as outras panicats.

“Minhas melhores amigas são a Dani (Bolina) e a Babi (Rossi). Acho que a gente têm mais afinidade e não gosto de ficar sozinha. Se ela prefere um camarim só para ela, o problema não é meu”, defende-se a Juju, segundo o jornal.

Que Tal enviar uma mensagem
Ao Programa Pânico,

Dizendo que Umbanda é Uma Religião
Que deve apenas Praticar o Bem
E que não nos agrada em nada, e somos milhões de pessoas
Ver a imagem da religião denegrida ao ser associada
Com praticas negativas, que em nada tem de Umbanda?


e digitar a mensagem no formulário, marcando o programa pânico na tv

Sabão da Costa

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cursos sobre Umbanda: válidos ou não? Por Hédio Silva Júnior*


Organização das Nações Unidas - ONU estabelece que todas as religiões têm o direito de criar escolas confessionais, institutos teológicos e de ensinar uma crença ou religião em locais apropriados.
Trata-se de direito garantido também pela Constituição brasileira e leis ordinárias.
Isto significa que uma organização religiosa, isto é, um templo com estatuto e ata registrada pode criar e manter creche, pré-escola, instituição de educação básica ou uma faculdade. Faculdade em sentido amplo, podendo abranger cursos de direito, medicina, matemática ou teologia.
A exigência estabelecida pelo Ministério da Educação - MEC, que deve ser obedecida por toda e qual­quer fa­culdade, tem a ver com a qualificação dos professores: exige-se certo número de dou­tores, mestres e es­pecialistas para a ins­talação de determinado curso de nível superior.
Doutores aqui tem sen­tido muito específico: são aquelas pessoas que concluíram a faculdade e continuaram estudando, fazendo cursos de pós-gra­duação, especialização, mestrado e obten­do um dos graus mais elevados que é justamente o doutorado.
Do ponto de vista da formação para o sacerdócio, a liberdade de crença quer dizer que todo indivíduo tem ampla liber­dade para escolher o tipo de curso que lhe seja mais conveniente. Tenha ele duração de quatro anos, quatro meses ou quatro horas; seja ministrado por uma faculdade ou por um Sacerdote/Sacer­dotisa reconhecido pela comunidade.
Não há dúvida de que nossos Sacerdotes e Sacerdotisas devem ter com­promisso permanente com sua qualificação profissional e preparo para o sacerdócio. Devemos sim incentivar nossa comunidade a investir em sua formação profissional, estimulando-a inclusive a ingressar num curso de nível superior.
Mas é bom lembrar que na Umbanda a maioria dos Dirigentes não sobrevive da atividade religiosa, sendo muitos os que têm diploma de nível superior em dife­rentes áreas. Conheço pessoalmente jornalistas, professores, funcionários pú­blicos, advogados, sociólogos, psicólogos, Delegados de Polícia que não estudaram teologia e são excelentes sacerdotes.
Portanto, quando falamos em cursos, formação, pre­paração, treinamento, preci­samos separar duas situações distintas: a formação profissional e a formação para o sa­cerdócio.
A formação profissional obviamente é livre e insisto em afirmar que devemos encorajar o Povo de Santo a ir para a faculdade, freqüentar um curso de nível superior e disputar o mer­cado de trabalho em melhores condições. A educação ainda é o principal instrumento de inclusão social que os pobres, a co­munidade negra e o Povo de Santo pode e deve utilizar inclusive para enfrentar a intolerância religiosa.
Já a formação para o sacerdócio deve ser de livre escolha de cada pessoa e a Umbanda possui Sacerdotes e Sacerdotisas que há décadas se dedicam a escrever, publicar artigos, livros, ministrar cursos e preparar novos sacerdotes.
Lembro-me bem de uma das ex­periências mais marcantes que vivi nos últimos anos: em 2008 fui à solenidade de diplomação do Curso de Babalaô (sacerdócio), Coordenado pelo Pai Ronaldo Linares, um dos mais importantes e respeitados ícones da Umbanda e das Religiões Afro-brasileiras como um todo.
Milhares de pessoas prestigiaram o evento, como acontece todo ano, e o brilho nos olhos dos formandos era o mesmo que vejo nos olhos dos meus alunos quando concluem a Faculdade de Direito.
Com ou sem o selo do MEC, o Curso de Babalaô é reconhecido, credenciado, respeitado e aclamado pelo Povo de Santo.
Aliás, em se tratando de ensino de religião, o ideal mesmo é que o Estado não se intrometa, cabendo à sociedade e aos fiéis selecionarem e escolherem o curso tendo em conta unicamente a seriedade, competência e reconhecimento dos responsáveis.
São muito bem-vindas as faculdades de teologia, desde que não desprezemos o acúmulo de conhecimento, a sabedoria, o desprendimento e a coragem daqueles desbravadores que, como o Pai Ronaldo Linares, abriram cursos quando muita gente sequer tinha coragem de assumir publicamente a religião.  
Religião não pode ser resumida a diploma: religião é fé, dedicação, abnegação, conhecimento, caridade, humanismo, respeito ao próximo, respeito à diversidade e coragem para enfrentar a intolerância religiosa.
Religião não é técnica: é sentimento, vivência. Façamos de cada curso, cada cerimônia, cada templo uma escola que ensine a sociedade brasileira a conhecer a dignidade, a história de resistência e a grandiosidade da Umbanda e do Can­domblé.
Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada - Maio de 2009 - Manter a Fonte.
 Dr. Hédio Silva Jr., Advogado, Mestre em Direito Processual Penal e Doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, ex-Secretário de Justiça do Estado de São Paulo (governo Alckmin). Diretor Executivo do CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades.

sábado, 25 de junho de 2011

Por que regularizar os templos das religiões afro-brasileiras?


Por que regularizar os templos das religiões afro-brasileiras?
Por Prof. Dr. Hédio Silva Junior

Como regularizar e o que regula­rizar? Estas duas perguntas são as que mais ouço em palestras, cursos e eventos que participo da Umbanda e do Candomblé em São Paulo e pelo país afora.

Para respondê-las, a primeira tare­fa é combater a desinformação. Muita gente acredita que o estatuto da orga­nização religiosa, por exemplo, pode pre­judicar as tradições ou os preceitos de um determinado segmento religioso. Ao contrário: o estatuto deve servir pa­ra fortalecer as tradições, os valores religiosos.

Não existe modelo único, um padrão de estatuto que deve ser seguido por to­dos. Existem, sim, algumas exigências previstas em lei. Fora disso, cada seg­mento tem ampla liberdade para moldar o estatuto de acordo com suas tra­di­ções. Outra tarefa importante: muita gen­te acredita que nunca nada vai dar erra­do no seu Terreiro. Trata-se de um gra­ve e perigoso engano.

Nas minhas palestras  sempre faço questão de lembrar que quando alguém é recolhido, adulto ou criança, filho ou não da Casa, amigo ou desconhecido, é preciso que haja uma declaração assi­nada pela própria pessoa, pelos pais ou responsáveis. Se possível com firma reconhecida. Nesta declaração a pessoa deve indicar que ela será recolhida de livre e espontânea vontade; o tempo de recolhimento, o endereço em que fi­cará, entre outros dados.

Por quê? Por­que se ocorre uma fatalidade (um infarto fulminante por exemplo), e a pessoa vem a falecer no período do recolhimento, como explicar isto para as autoridades?

E se por acaso a pessoa tem um pa­rente que pertence a uma religião di­­­fe­rente, e que era contrário à sua ini­­cia­ção. Como se livrar de uma acu­sação? Já vi Sacerdotes sendo con­denados à pena de prisão porque não deram importância a este tipo de coisa. Isto significa que não basta o conheci­mento religioso para que a Religião possa exis­tir e crescer sem problemas.

Como se vê, a legalização não serve apenas para se obter benefícios, como o não-pagamento do IPTU, por exemplo. Ela serve também para a proteção das Religiões Afro-brasileiras, dos cultos, dos Sacerdotes, das Sacer­dotisas, dos fiéis, enfim, de todos aque­les que fre­qüentam os cultos.

Vale lembrar que até para ir à Jus­tiça, defender um direito perante o Po­der Judi­ciário, é preciso que a orga­nização religiosa esteja re­gu­­larizada.

Isto significa que quanto mais cresce a discriminação, a perse­guição, a into­lerância religiosa, mais cuidados se deve tomar com a regulariza­ção das Religiões Afro-brasi­leiras.

Religião, qualquer que se­ja, precisa mais do que conhecimento religioso: Re­ligião é também co­nhe­­cimen­to dos direi­tos e deve­res, cidadania.
Superada a desinformação, volta­mos a pergunta: o que é preciso re­gularizar?

Inicialmente, três passos são muito importantes:
criar a organização religiosa,
regularizar a situação do Sa­cerdote/Sacerdotisa e
registrar o Tem­plo religioso.

Para que possa funcionar regu­larmente, um Templo religioso deve es­tar sob a responsabilidade de uma organização religiosa. Por outro lado,  é a organização religiosa quem tem poderes para indicar se uma deter­minada pessoa é ou não um Ministro Religioso, um Sacerdote, uma Sacer­dotisa do ponto de vista jurídico, legal.

Podemos ir mais longe ainda: para ter validade, o casamento religioso precisa ser celebrado por um Sacerdote ou uma Sacerdotisa que esteja com sua situação regularizada.
Por todas estas razões, e muitas outras, vale a pena cuidar da papelada, enfim, da regularização dos templos. Este também é um importante caminho para o engrandecimento e o fortaleci­mento daquele segmento que hoje mais precisa de proteção legal: as Religiões Afro-brasileiras. Quer saber mais? Participe do curso virtual de direitos e deveres das religiões afro-brasileiras ministrado pelo  Prof. Dr. Hédio Silva Jr. Informe-se no site www.ica.com.br ou pelo e-mail: rodrigo@ica.com.br /

Hédio Silva Jr., Advogado, Doutor em Direito pela PUC-SP, Coordenador Executivo do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades e ex-Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo (Gestão Alckmin) e Coordenador do Curso de Direito da Faculdade Zumbi dos Palmares. Veja abaixo Curso Virtual que será ministrado por este valoroso e dedicado irmão.