Jornal de Umbanda Sagrada


O Jornal de Umbanda Sagrada - JUS

Não tem fins lucrativos e Não vende anúncios.

Caso queira receber os textos do JUS por e-mail cadastre-se na newsletter no site:

www.colegiopenabranca.com.br

Neste site, www.colegiopenabranca.com.br, também é possível visualizar todas as edições do JUS em PDF.

Que Oxalá nos abençoe, Alexandre Cumino e Marina Cumino.



Para melhor vizualização clique nos textos








quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Geração de Yemanjá


Por Rubens Saraceni
Fonte: Lendas da Criação. Rubens Saraceni. Ed. Madras (www.madras.com.br)
         Olorun tem uma matriz geradora onde gera a vida em seu sentido mais amplo, pois nela são geradas todas as formas de vida.
          Dentro dessa matriz existem tantos “compartimentos” geradores de formas de vida quanto possamos imaginar, e ainda assim não chegamos à milionésima parte da sua capacidade de gerar formas de vida.
           Nossas mais bem informadas fontes revelam que até o plasma divino que deu origem aos Orixás foi gerado nela, fato esse que confunde um pouco intérpretes dos Orixás pois, como Yemanjá foi gerada por Olorun nessa matriz, então é atribuída a ela a maternidade dos Orixás.
          Mas o assunto é mais complexo do que parece ser e preferimos não elocubrar sobre algo que escapa á nossa imaginação e entendimento sobre o nosso Divino Criador Olorun.
          A verdade, segundo todas as fontes, é que Yemanjá foi gerada na matriz geradora da vida...e ponto final.
          Bom, de posse dessa informação confiabilíssima, Yemanjá é um Orixá que traz em si tantos mistérios que é melhor nem tentar quantificá-los, porque a vida tem tantos mistérios em si que seu número é infinito.
         O que importa é que todos saibam que, se a vida é gerada nessa matriz geradora e Yemanjá é a mãe Orixá gerada nela, então, em certo sentido, a lenda que lhe atribui a maternidade de diversos Orixás não está errada, pois eles, mesmo sendo seres divinos, são uma das muitas formas que a vida tem para fluir. Só que neles ela flui de forma divina, não é mesmo?
         Então, ela é de direito a mãe de todos, ainda que não o seja de fato, pois, na realidade, quem é a mãe de todos eles, que são vidas, é a matriz geradora de “vidas”.
        Mas como todas as matrizes são suas realidades em si mesmas e a que a gerou é em si a realidade da vida, então Yemanjá, que a rege, é de fato a mãe da vida. Ou não?
         Bem, como o assunto é muito complexo e envolve elaboradíssimos conceitos teogônicos e metafísicos, então o melhor é simplificarmos as coisas para que possamos entender a importância de Yemanjá na criação ou na morada exterior de Olorun, certo?
        Inclusive, o homônimo nigeriano de Édipo, e que é Orungã, não resistiu ao desejo de possuir Yemanjá, fato esse que, na lenda nigeriana, levou-a a fugir dele e durante a fuga acabou sofrendo um acidente que abriu seus fartos seios, que... etc. etc. etc., sabem?
        Mas Exu, o mais bem informado dos Orixás, ainda que seja o mais indiscreto, revelou-nos que as coisas têm outra versão, tão intrigante quanto essa. E isso, segundo Exu, criou a mais humana das ciências, ainda que ela seja a mais inexata de todas, pois é a “Achologia”, e todos os que a adotaram e nela se formaram são chamados de “achólogos”.

Nenhum comentário: