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sábado, 15 de outubro de 2011

Egunitá – O Trono Feminino da Justiça



Por Alexandre Cumino
Egunitá, Héstia, Kali, Enyo, Sekmet, Brighid, Shapash, Lamashtu, Ponike, Pele, Si, Fuji, Sundy Mumy, Oynyena Maria, Ananta, Comentários.
Egunitá Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Justiça, absorve o desequilíbrio na Justiça de forma ativa, reconduzindo o ser ao equilíbrio; cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más intenções. Fator purificador e energizador, divindade da purificação através do fogo. Também portadora de grande energia a transmite a quem dela precise.
Elemento fogo que absorve o ar. Assim como Iansã, ora faz par com Ogum (Lei) ora faz par com Xangô (Justiça). Também ­inflexível é implacável contra as injustiças e negativismos humanos. Mostrando-se assim grande protetora daqueles que a merecem. É Senhora da espada flamejante e tão racional quanto Xangô. Ponto de força, caminhos e pedreiras. Sua cor é o laranja. Pedra: ágata de fogo.
Héstia — Divindade grega, Vesta romana, muito antiga e adorada como deusa do lar. Está presente no fogo da lareira, que é o centro do lar, sem ela não havia nem a comida e nem o calor que nos aquece no frio, ela é o próprio fogo. Protegia a família e a ordem social, também evocada para dar os nomes às crianças.
Kali Divindade hindu “negra” da destruição e purificação. Representa o elemento fogo, com sua língua roxa.
Não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveiras, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo.
Enyo — Divindade da guerra em seu aspecto de “destruidora”, o que a remete a uma condição de Divindade da ­purificação.
Sekmet — Divindade egípcia (“a poderosa”), traz em si as qualidades de purificadora dos vícios e esgotadora daqueles caídos no mal. Representada por uma mulher com cabeça de leoa encimada pelo disco solar, representando o poder destruidor do Sol, é aquela que usa o coração com justiça e vence os inimigos.
Brighid — Divindade celta do fogo, seu nome significa “luminosa”. Filha de Dagda (o bom deus), tinha aspectos tríplices. Deusa da inspiração e poesia para os sacerdotes, protetora para os reis e guerreiros, senhora das técnicas para artesãos, pastores e agricultores. É também aquela que traz a energia, motivação e potência. Uma vida sem o calor de sua chama perde o sentido e torna-se insípida.
Shapash Divindade babilônica, Deusa do sol, a forma feminina de Shamash, muitas vezes chamada de “a tocha dos deuses”.
Lamashtu — Divindade sumeriana, “A filha do céu”, deusa com cabeça de leão (assim como Sekmet) que possuía imenso poder destruidor e purificador.
Ponike — Divindade húngara do fogo.
Pele — Divindade havaiana guardiã do fogo, é padroeira do Havaí. É ainda a senhora das manifestações vulcânicas. Tem como morada o vulcão Kilauea.
Si — Divindade russa, solar, evocada para punir quem quebrava juramentos.
Fuji — Divindade japonesa do fogo vulcânico, padroeira do Japão. Habita no monte Fujiyama, o mais alto do Japão, ponto de contato entre o céu e a terra.
Sundy Mumy — Divindade eslava, “Mãe do Sol”, ela é quem aquecia o tempo e dava força a seu filho Sol.
Oynyena Maria — Divindade eslava do fogo, “Maria do Fogo”, companheira do Deus do Trovão.
Ananta — Divindade hindu, Senhora do fogo criador e da força vital feminina. Seu nome significa “o infinito”, aparece como uma grande serpente e em muito se assemelha a serpente do fogo Kundaline, para muitos também uma divindade feminina do fogo.
Comentários: O Trono Feminino da Justiça, Egunitá, sempre foi cultuada em várias culturas como podemos ver acima. A princípio não é um Orixá muito conhecido entre os Nagô-Yorubás, africanos, mas essencial para completar todo um panteão de Umbanda.  Sendo a mãe que purifica os males por meio de seu fogo, ou recorremos a Ela ou nos tornamos carentes de sua presença nos momentos em que só uma Mãe Ígnea pode nos ajudar. Na Umbanda, é sincretizada com Santa Brígida, a santa do fogo perpétuo associada a Brighid celta ou Santa Sara Kali,  padroeira dos ciganos que surge como “virgem negra” associada a Kali hindu.
Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Ed. Madras.

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